Passaram-se dois anos e um dia precisamente, desde que escrevi um texto envolto de metáforas - "A vida é uma arena em forma de coração".
Estava em estado desilusão de libertação, de introspecção...
Estava em estado desilusão de libertação, de introspecção...
Curiosamente hoje, termina uma intensa "lide" que me ajudou a perceber e a superar uma "cornada" que quase separou o meu corpo da minha alma.
A vida é tramada de boa - para desfrutar, e de má - para crescer no duro!
E comigo, não está com meias medidas. CARAMBA!
A vida é tramada de boa - para desfrutar, e de má - para crescer no duro!
E comigo, não está com meias medidas. CARAMBA!
Mas quis o Criador mostrar-me outros "terrenos de verdade" e continuar a aprender e a acreditar que sempre há melhor para triunfar!
- Obrigada, Pedro e Martim, Rui Silva, Pedro Inácio, e a todos os amigos e conhecidos que fazem parte da quadrilha das endorfinas da felicidade e das minhas histórias/lides reais.
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A vida é uma arena em forma de coração!
Cheia ou vazia de gente, público sabedor ou curioso.
Com sol ou chuva, vento ou calor, os clarins tocam!
Gente rejubila e entra compassada e apressada, porque as cinco da tarde soam.
Um duelo de inteligência e sentimento fervilham no ar...
Desenham-se pegadas em sincretismo no ocre da areia, marcam-se linhas perpendiculares invocando Deus e o bailado aguarda-se, sereno, altivo ou mortal.
No centro de um círculo fechado, começa a espera com o silêncio das entranhas a digladiar-se com a voz do medo.
As portas abrem-se e a ânsia de querer superar a ansiedade esvai-se por todos os poros, e em tons de carmim, enxuga-se a água do medo que teima em escorrer.
Sombra negra que abruptamente investe, força que necessita de serenidade para acalmar tamanho ímpeto.
Entre figuras vertical e horizontal, pano hirto e duas lanças sombreadas de negro, firme e seguro, cair, levantar e voltar a cair! Tanda de cinco arrimadas e moldura humana entregue versus alucinante dor que se crava na carne.
Aconteceu somente porque o erro é humano.
Há que revigorar forças, respirar e buscar espírito para as pernas ganharem vigor e lançarem-se outra vez, no jogo de vida, onde as regras existem, mas nem sempre nas mãos do auto-controlo.
Há terrenos onde não se deve pisar. Há ventos que carregam a angústia do destino e onde o bailado de vida ou morte é traçado certo.
Sobrevivência, entrega, sã e pura. Vitoriosas ou não...são momentos!
De sapatilha, a pé, percorre o caminho do fracasso, mas ousadamente falha em alma de esperança.
Do alto, vislumbre de vitória, percorre o caminho da glória, entre afagos e júbilo de porta grande.
Assim é a vida!
Um jogo, com erros e alegrias gravados na massa física e do espírito.
Com o vento de Sul ou de Norte e força para continuar, com o coração compartido entre um adeus, um sorriso, a verdade, a derrota, a vitória...
Acreditar que tudo vai mudar, abrir a capa ao vento despregado do amor e não temer o futuro, a mentira e injustiça acutilantes.
Lancear com um sorriso quando o grito interior confronta-se com as dores do mundo.
E dar a volta à arena, agraciando as palmas e os urros da verdade sincera e da verdade mascarada para que se acredite que tudo pode mudar.
A vida ensina a estocar e a indultar quem se ama, de adorno educado falseado, à diferença pela indiferença, de silenciar, para ouvir o bafo quente do irracional, de pisar certo e não cruzar os errantes terrenos do oponente e aprender que sempre há melhor para triunfar.
Vaya Suerte!
Madalena Guarda
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