20 de dezembro de 2013

Tedros...O Príncipe da luz

Ilustração Dulce Guarda

Tedros vivia com a sua tribo em terras da Etiópia. Um vale encantador e verdejante de África.

Tedros, antes de ir levar o gado a beber água, gostava de adornar-se.
O ritual dos adornos e das cores, aproximava-o mais dos seus antepassados e dos espíritos bons da Mãe Terra. O seu irmão arco-íris fascinava-o e as suas cores protegiam-no do mal.

Certo dia, seu pai viajou com os seus homens guerreiros, até às montanhas, liderando a caravana. Uma viagem longa e distante até à cidade para vender gado e peças de barro que na sua aldeia tribal, homens, mulheres e crianças produziam.

Durante a ausência do pai, Tedros sentiu a responsabilidade de proteger a sua aldeia, mulheres, crianças e anciãos, pois quase todos os homens tinham partido. Assim, ficava todas as noites de vigia ao gado, aos ataques de felinos como leoas, chitas e também hienas incomodativas com o seu latir sarcástico.

A lua adormecera naquele dia, e a escuridão da noite cobria todo o vale.
Tedros pouco via a um palmo dos seus olhos gigantes e os seus lábios absorviam o calor seco e a poeira pacata que se soltava do chão com o vento alisio que por vezes passava.

Dada a escassez de água, os animais selvagens, aproximavam-se cada vez mais da aldeia e do rebanho de cabras. A dada altura, um jovem leão, de juba pouco farta, mas gigante de tamanho, preparava uma emboscada por detrás das acácias e mimosas secas do vento e sol tórridos.
Esfomeado e sem parceira para lhe oferecer a caça, avançava em passadas silenciosas e estratégicas até à presa eleita. E a sua presa era tão-somente, a tribo deTedros.

Tedros adormecido junto a um arbusto, desperta com um bafo quente e respiração ofegante de fome. Não percebia se sonhava ou se era um leão que o saboreava antes mesmo de o devorar.

De repente, um rugido pronunciava o destino de Tedros...Acabar na barriga de um leão.

Tedros, de olhos vidrados e sem conseguir gritar, implora a misericórdia de Deus pela sua alma, quando da sua cara,  brotam feixes de luz branca, cada vez mais intensos, e mais e mais, desenhando à sua volta um halo, um anel de luz, tal como a sua irmã lua.

Amedrontado, o leão recua,  hipnotizado com a Luz que rodeava Tedros.

Tedros, era um presente de Deus, enviado para uma aldeia que um dia iria ficar desprotegida, como filho de um rei tribal em terras da Etiópia, que perante um prova de morte, ganhou vida eterna. E por isso, em toda a África, recorda-se o "Príncipe da luz" pintando as suas faces, para recordar a alegria, a presença e a protecção de Deus.


19 de dezembro de 2013

Riscos

Ilustração Dulce Guarda
Ontem a navegar pelas páginas do facebook, deparei-me com uma foto que provocou aquela reacção de formigueiro nos dedos. Toca a riscar!!

E o maior prazer é riscar e ao mesmo tempo, lembrar-me das aventuras que vivi, por entre os montados de sobreiros na lezíria ribatejana e alentejo, a pé ou num mercedes branco que se afogava nas crateras escavadas na terra, que este imponente animal faz, para procurar o fresco ou simplesmente para afastar as moscas e roçar-se a limpar o pêlo.

É MAGESTOSO, LINDO ver e estar na presença de touros em manada e em campo aberto...
É um quadro vivo cheio de poesia. Mas fugir o mais que se puder, se um deles estiver sozinho e com os olhos fixos em nós. Eheheheh


17 de dezembro de 2013

Acaso

Ilustração Dulce Guarda

Já estão na rua, mais uns riscos!
A simpatia interactiva das pessoas e os seus sorrisos reflectidos em feedback, são sem dúvida um alimento para a alma e o incentivo para continuar.

Optei por não divulgar esta mini-exposição informal, onde nestas 4# semanas de exposição, tentarei colocar uma nova ilustração todas as semanas.

Vou deixar as pessoas descobrirem-me por um Acaso. 

Nada acontece por acaso. 

Tudo acontece de forma cadenciada, tal como o mar; Umas vezes sereno, calmo e cálido, e outras, revolto, destruidor e gélido. Tudo tem um propósito, por muito indecifrável pareça. Peço ao Universo, que mantenha no meu caminho o Acaso daquelas pessoas Especiais e Inesquecíveis. Pois a felicidade está em pequenos gestos e em pequenos momentos. 

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On line no Facebook todos os riscos, ilustrações,...


5 de dezembro de 2013

♥ Magali ♥

Hoje, apeteceu-me riscar a minha adorável frenchie Magali.
Amanhã, talvez, imagine uma fábula e espero acabar esta noite o que comecei na minha hora de almoço.
Mais uma ilustração para a próxima exposição que será em breve.





Amanhã, espero partilhar o resultado final!


2 de dezembro de 2013

Kumiko, onde estás?!

Ilustração Dulce Guarda

Kumiko, onde estás?!

Kumiko gostava de ir até às margens do rio, deitar-se perto do leito e olhar para o céu e imaginar animais fantásticos que se formavam com o tufar das nuvens brancas no azul cândido e brilhante.

Depois da escola e do trabalho no campo com sua mãe, vestia o kimono mais simples e lá ia saltitante, por entre o verde e os rasgos de terra castanha que separavam os arrozais.  A água fresca e o verde por debaixo dos seus pés, moldavam a ideia para descobrir algo novo todos os dias.
Certo dia, quando brincava com os reflexos da água do rio, reparou que por entre as largas folhas e flores dos nenúfares e o fundo negro da água, raios solares se enrolavam entre si; Parecia até que o rei sol, tinha-se mudado para dentro do rio.
Kumiko, curiosa, aproxima a sua face de porcelana, sobre o espelho da água, quando de lá de dentro, salta algo que a deixa aterrada de medo.  Era uma carpa!  

- Não tenhas medo! - Disse a carpa.
- Tu falas? - Respondeu Kumiko admirada.
- Claro que falo! E vejo-te brincar aqui todos os dias. Vim parar a este rio, na corrente da monção de Agosto e por aqui fiquei, porque me encantei por uma menina de eterna beleza. Tu! - Argumentou a carpa.
Kumiko estava impávida e serena a ouvir a gigantesca carpa. Gostava do que ouvia e do que via.
- E como te chamas? - Pergunta Kumiko
- Apenas Carpa - respondeu o peixe.
- Então serás a Carpa Dourada - disse Kumiko feliz.

Os dias passavam e em todos os dias, as duas amigas apareciam uma à outra e ficavam a conversar até perderem a noção das horas.
Kumiko era uma menina que tinha um forte desejo. Tinha nascido no campo, adorava a sua família, mas queria estudar, queria sair da sua casa de madeira e biombos de papel de arroz, conhecer o mundo.
Os anos passavam, muitas Primaveras floriram e os flocos de pétalas dos pessegueiros salpicavam as margens. E Kumiko crescia  na companhia e na sabedoria da Carpa Dourada.
A Carpa Dourada conhecia o desejo de Kumiko em partir. Mas sabia também do obstáculo da sua família, que pouco abastada, punha fim ao sonho da sua menina.
Passavam-se os dias e Kumiko continuava determinada em ir atrás de conhecimento.
Foi então que a Carpa Dourada, fazendo jus ao seu tamanho, se ofereceu para ajudar.

- Vais ao palácio do rei e dizes-lhe que tens a maior carpa de todos os rios da China e em troca, pedes ajuda para aprenderes o ofício que tanto desejas. - Disse a carpa a Kumiko.
- Mas se eu contar ao rei da tua existência, virão buscar-te do rio amarelo, da tua casa! – Exclamou Kumiko triste.
- Vai e faz o que te digo. – Retorquiu a carpa.

Numa tarde de Verão, Kumiko leva o imperador e os seus serviçais até ao rio onde a Carpa Dourada aguardava majestosamente o seu novo dono, de bigodes encaracolados, de escamas reluzentes ao sol, que nem pepita de ouro.
E assim aconteceu...
A Carpa Dourada trocara a sua liberdade, pelo sonho de Kumiko, que crescera no desejo de partir e estudar.
A magia superava a dificuldade!
Agora, num novo jardim, num lago imperial, habitava uma carpa. A Carpa Dourada!
E todos os dias, a Carpa Dourada, olhava o céu, e as nuvens que passavam com o vento e murmurava para si mesma:
- Na vida longa, encontrei a perseverança de uma jóia rara.

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!Mais uma fabula bistrô!

29 de novembro de 2013

Stones


Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
Mas não esqueço de que minha vida
É a maior empresa do mundo…
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
Apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
Se tornar um autor da própria história…
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
Um oásis no recôndito da sua alma…
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um “Não”!!!
É ter segurança para receber uma crítica,
Mesmo que injusta…

Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo…


Fernando Pessoa
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Sempre que vejo uma no caminho, se me encantar, apanho-a. Então na praia, lapidadas pelo mar, recolho imensas, bem como vidros já redondos pela erosão. Depois, ponho mãos à obra e dou-lhes vida e função, em decoração, ou em acessórios,...

SUGESTÕES: Se tiver umas quantas pedras guardadas, construa um candeeiro... 



ou pinte-as e coloque nuns degraus...


ou no jardim, como estes deliciosos Ms...(delicio-me com M&Ms...eheheh)


ou na horta para identificar o que semeou ou plantou...


ou numa demonstração de carinho a alguém!

E no Natal, porque não personalizar um presente? 
Será sempre especial, pois será feito a pensar na pessoa que ama e edificará os seus sentimentos eternamente.





28 de novembro de 2013

Horse ♥


A preparar uma mini-exposição. 
Esta é uma das ilustrações que estou a trabalhar.

ADORO este magnífico animal; O CAVALO!

 Em breve página no Facebook das ilustrações.



A Magali está sempre por perto e incomoda-se se eu ficar muito tempo de volta dos desenhos.
Desta vez consegui apanhá-la no foto, pois detesta pousar para a fotografia.

COMPLETAMENTE inseparável da minha frenchie.



27 de novembro de 2013

(...)


Não gosto de ti.

Sim de ti! E cansa perceber que ainda não percebeu, porque insiste.
Mas não é por não perceber ou fazer de conta que não percebe, que vou gostar ainda menos, porque é-me cansativamente indiferente.
Mas não gosto mesmo nada de ti. =P
Mas desejo sorte, desejo a mesma sorte que eu tenho, em estar longe do meu caminho.
Um dia, gostava de poder dizer ao mundo, porque não gosto de ti.
O universo ficaria agradecido.

                                                                                                                    shiiiiiuu, porque ainda é segredo.

                                                      
                                                     Hoje deu-me para isto, ehehe!                                                                                 

25 de novembro de 2013

Sweet ballerina


Este fim-de-semana foi simplesmente fantástico!

Amei fazer um bolo para uma doce e amorosa princesa: A Leonor.

De todos os bolos que já fiz, este foi sem dúvida, o que mais gostei. 

Partilho no blogue, para recordar o prazer que senti ao fazê-lo.

Um bolo feito mandala; nada é eterno, nada nos pertence, tudo se renova. Mas ficam as recordações do resultado final.





É bom sentir a cumplicidade de certos momentos e partilhar a alegria com quem se ama!


!PARABÉNS NÔNÔ!

22 de novembro de 2013

Olá...


Olá frio, olá chuva, olá vento, olá galochas, cachecóis e camisolas, olá lareira, olá manta quentinha.
Olá amor e, que bom é adormecer nos teus braços ao som da chuva!
Olá tardes de cinema no sofá com o vento a bater na vidraça.
Olá sinusites, rinites e constipações. 
Olá chá quentinho com mel e gengibre e pastilhas para a garganta.
Olá Outono com frio de Inverno.
E que frio está!


20 de novembro de 2013

Quote of the Day


Inspire someone!

Inspire alguém ou deixe-se inspirar...

Eu sei que não interessa nada o que me aconteceu hoje, mas volto e meia dou comigo a exclamar e a olhar para um bocado de papel: "Com sorte ao Amor, só posso ter azar ao jogo!!" Então não é, que ganhei na "Raspadinha"!
Fiquei tão inspirada, que a minha criatividade ficou off. Eheheh

Boa quarta-feira com muito sorriso na bochecha!

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Felicidade é a combinação de sorte com escolhas bem feitas.
(Martha Medeiros)

19 de novembro de 2013

A loucura da verdade



Falar e agir honestamente, hoje em dia não é qualidade, é defeito.
Muita das vezes, ou se é inconveniente, do contra, ou louco, por ser verdadeiro e autêntico. Apesar de tudo, entre a mentira e a verdade, escolho a verdade a ficar comigo. Aprendi a temperar a vida com a verdade.
Na busca incessante pelo ideal de ser uma pessoa perfeita, há também a mania de agradar a todos em alto índice de bondade, partilha e comunhão generalizada. Seria magnânime sim, mas se o ser humano fosse perfeito.
No entanto, há pessoas boas, sem interesses camuflados, pessoas de boa índole, de verdade e, que fazem crer que poderá haver salvação para um mundo melhor.
E quem são essas pessoas?
São aquelas que se mantêm no anonimato, que não necessitam de espalhar a grandiosidade dos seus actos. Simplesmente fazem sem esperar “remuneração”. Não se embelezam no Facebook e noutras redes sociais, na televisão como um spot publicitário,...
Eu até já apareci num canal de televisão. Há vinte anos atrás, uma vivência do passado adolescente até ao presente mas sem auto-promoção. E ainda este fim-de-semana, o mesmo canal, veio até à terra onde ainda resido, e mais uma vez mas noutra vertente, devia aparecer. Mas fiquei com a verdade, longe da terra e da frente da televisão. Se não gosto, porque teria de agradar, participar e ficar?!
No colégio do Martim, dia do fotógrafo tirar as fotos de Natal. Se não usamos as fotos, nem o M gosta de ser modelo fotográfico, porquê assinar “autorizo o meu filho a ser fotografado”?

Porquê ao sermos verdadeiros, podemos desagradar? E já conheceu aquela pessoa que diz ser uma coisa e é outra?
Daquelas que são contra os maus-tratos a animais, mas se vêem uma criança a pedir na rua, ignoram-na; Ou pessoas que são contra as touradas, mas usam casaco de peles e sapatos de couro, adoram arroz de cabidela e chouriço de sangue; Que tem um ou dois empregos, vive em casa e à custa dos pais, e acusa o vizinho desempregado de ser mau pagador? Ou usam roupas de marca, carros topo de gama, jóias e, às refeições dão aos filhos ovos fritos com salsichas enlatadas e roupa sintética da banca da feira.
Pois é! Elas estão por todo o lado.
O politicamente correcto irrita-me profundamente. Cansada de gente boazinha, que vai à missa, tem os filhos na catequese e pratica o Inferno, que falam bem pela frente e por trás das costas são profundas catanadas. Farta de gente que aponta o dedo nos bastidores e que em palco, são sorrisos e abraços; De gente de paz e amor, e em voz off, é apontar defeitos aos outros, sendo eles o cúmulo da iluminação do samadi; Farta de pessoas que agradecem a Deus no Facebook, sabendo de antemão que Deus não o usa e graças a Deus que não.
Ninguém é perfeito e devemos assumir que temos problemas, no trabalho, com alguém, o que seja. Agora, deixar de sermos quem somos só para agradar ou sermos alguém que não somos, só para ficar bem na fotografia! Isso não! Acho solitário e triste mentir para nós mesmos.
Contudo, sei que há pessoas boas, fantásticas e que juntas podem fazer a mudança. Afinal a união faz a força.
Agora, quanto à outra facção, não mudam e nem fazem para isso. Porquê trocar a falsa ribalta, de fácil construção, pela pura verdade pacata? Embora se possa enganar o mundo com a ilusão, teremos sempre de viver com quem nós somos realmente.
E no Natal? Na quadra que se avizinha, antes de curtir uma campanha de solidariedade como se a fosse fazer na realidade, questione o seu coração se é isso mesmo que vai fazer de verdade ou se é apenas para Facebook ver. Não engane o seu coração bom, pois o que o seu coração vai receber de presente é o vazio da mentira.

Eu sei que não posso mudar o mundo, mas posso mudar a mim própria. Seja autêntico, doe a quem doer, custe o que custar.


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Numa sociedade sustentada pela mentira, qualquer expressão da verdade é vista como loucura. Emma Goldman

12 de novembro de 2013

Pergunto eu...O que é a felicidade?

A felicidade é um estado durável de plenitude, satisfação e equilíbrio físico e psíquico, em que o sofrimento e a inquietude são transformados em emoções ou sentimentos que vai desde o contentamento até a alegria intensa ou júbilo. A felicidade tem, ainda, o significado de bem-estar espiritual ou paz interior.
Pergunto eu... O que é a FELICIDADE?

Quando sabemos que vivemos em felicidade?
Tem-se falado muito se os portugueses são alegres e felizes.
É tema actual, talvez por causa da crise e das dificuldades que todos os dias se acumulam. Uma fonte diz que somos felizes, enquanto outra fonte, diz que não. 
Então em que ficamos?

Pequenos detalhes e pormenores, solidão, medo, alegria, fracasso, ilusão, dor, morte, paz, verdade, mentira, paixão, ódio, amor, obscuridade, amizade, abuso, entrega, mágoa, engano, obstáculos, triunfos...
São alguns ingredientes da receita para a felicidade. Estranho, não é?!

Estar de bem com tudo e com todos, mil amigos nas redes sociais, ser bajulado e supostamente gostado, ter um bom emprego ou uma boa casa, muitas vezes, são ingredientes para temperar a felicidade, mas será mesmo o caminho para ela?
A embalagem é diferente do conteúdo.
Porque de facto o conteúdo, muitas vezes é o vazio, insatisfação e isso não é felicidade real, mas uma felicidade, diria, de puro marketing.

Para atingir a plenitude e o equilíbrio da felicidade, há que conhecer o lado menos bom de certos momentos que acontecem na vida, como um filme.
É ser protagonista ou personagem secundária de um filme de acção, de romance, de guerra, de humor, infantil, de drama...
Depois de termos feito parte do elenco de todos esses estilos hollywodescos na vida real, aí sim, podemos distinguir o que é a felicidade.

Depois de estarmos sozinhos e acompanhados.
Depois de sentirmos medo e segurança. 
Do fracasso e depois a vitória.
Depois da dor ter sido companheira e a alegria reconfortar.
Da morte que roubou alguém especial e a benção do nascimento de uma criança.
Depois de uma má mentira descoberta, e a compreensão na desculpa.
Uma doença mortal e voltar a renascer para a vida.
Depois de uma verdade nua e crua e continuar em frente.
De um choro de tristeza e uma gargalhada contagiante.
Da indiferença pelo carinho.
Depois de um passado difícil mas ultrapassado.
De viver na obscuridade sem dar conta e, voltar para a luz.
Do abuso, pela liberdade. 
Da ingenuidade pelo amadurecimento.
Da mágoa pelo perdão.
...

Aí sim, a felicidade prepara-se para ocupar lugar.
A dualidade entre o bem e o mal leva ao conhecimento do bem estar e à paz interior.
É preciso sofrer para ter, conhecer mundos diferentes para compararmos e distinguir o bom do mau, do bonito do feio, para cada um de nós.
Sem conhecermos o azar, não sabemos o que é ter sorte.
Sem conhecer a revolta e a guerra, não conhecemos a paz.

Felicidade, são momentos simples, horas, que se transformam em dias, anos...
O júbilo pleno que leva ao santo graal da FELICIDADE.

Temos de nos acautelar, porque felicidade é um perigo! eheheheheh

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Hoje, estou mega feliz! Porque será?!?

Beijos e bochechas sorridentes

1 de novembro de 2013

Tradição do Dia de Todos os Santos

Dia de Todos os Santos! O primeiro que não é feriado.


Por esta altura, o meu pai  adorava juntar os amigos.
Castanhas assadas no fogareiro e também cozidas com erva-doce e sal, nozes, amêndoas, figos secos que o meu tio algarvio trazia da serra algarvia, tremoços e pevides, romãs e dióspiros, marmelada da Titena, água-pé caseira e ginjinha feita por um amigo do pai, broas de mel, de erva-doce, de anis que se devoravam por gula, arroz-doce (o melhor arroz doce era da minha mãe; só o meu irmão o sabe fazer como ela. Eu não acerto com a cozedura), Vinho do Porto, chouriço e linguiça assados na aguardente, pão cozido a lenha e broa, queijos tradicionais...
Todas estas iguarias eram colocadas numa mesa comprida, na tertúlia, com música e muita animação.

Não havia cá coisas de bruxas e monstros e abóboras (só mesmo doce de abóbora com requeijão...eheheheh), e olhos de morcego flamejados ou perna de dragão no caldeirão ou sobremesa da fada má. Pelas almas do céu!!!!! 

Para comemorar o Dia de Todos os Santos, sugiro uma mesa tradicional com o que Portugal tem de melhor.

. Queijos de Norte a Sul
. Vinhos Demarcados... e licorosos
. Castanhas assadas e cozidas
. Pão tradicional, Broa de milho e de Avintes
. Frutos secos
. Bons enchidos assados na brasa ou no forno, como uma morcela assada, servida com um arroz de grelos
. Doces regionais  (uma sugestão, veja em - "Sabores da minha aldeia")
. Fruta da época, romãs e dióspiros
. Bolos e broas com frutos e especiarias 

Há um bolo que gosto imenso acompanhado com uma infusão de cardo momo, canela e estrela de anis ou um cálice de Vinho do Porto. Fica a receita.



Bolo com nozes da quinta

5 ovos
5 chávenas de chá de açúcar amarelo
Meia chávena de chá de óleo e meia chávena de chá de azeite virgem
3 chávenas de farinha de trigo
1 colher de chá de fermento em pó
1 chávena de chá de água com gás
150g de nozes ligeiramente picadas

Bata os ovos com o açúcar amarelo. 
Junte o óleo, o azeite e a farinha. Mexa bem para misturar todos os ingredientes.
Junte a água com gás e volte a mexer até formarem umas bolhas à superfície.
Depois junte o fermento, as nozes e a farinha peneirada.
Leve ao forno em forma untada com manteiga ou margarina.
(obs: o bolo estará pronto, quando estiver dourado e espetar um palito na massa e ele sair limpo)


Desejo um feliz Dia de Todos os Santos, com o Céu a rezar por nós e um fim-de-semana abençoado!

30 de outubro de 2013

Quote of the Day

Grata por ter escolhido eliminar o negativo da minha vida.
Longe do que suga a vida miseravelmente.
Não podia estar mais feliz! ABSOLUTAMENTE 

O cúmulo da alegria é estar toda partida e rebentada por ela! =)
Há tempo que não doía o corpo todo e o coração a bombear a 1000#.
Sabem aquela sensação de entrar numa máquina do tempo, andar uns anos para trás e voltar à ribalta?!

Se ama de paixão algo que deixou para trás e fechou a porta, recue e use a chave mestra para abri-la. E para além da porta, abra todas as janelas e deixe entrar o que realmente faz bem e traz a alegria; novos ventos, nova luz, novos aromas, novas energias e o que ficou fechado. Com toda a certeza que vai sentir mais intensidade e a entrega será total.
Para além disso, muitas outras coisas boas virão. GARANTO.

O tempo passa tão depressa... Perdi tanto tempo.
Acreditei em quem não merecia e em quem não devia acreditar e, coisas más, marcam como um ferro em brasa e jamais se esquecem com o tempo. Aprendi com os erros e não vou repetir. As cicatrizes lembram a não abrir nem entrar em "portas" perigosas e desconhecidas. Mas são as cicatrizes que valorizam o que realmente é ser feliz. 

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Não é tanto o que fazemos, mas o motivo pelo qual fazemos que determina a bondade ou a malícia. Santo Agostinho

23 de outubro de 2013

Curiosidade açoriana

Photo by RB
Hoje no diário, partilho um pouco da cultura popular das nossas gentes.
Um património imaterial digno de registo - Expressões Açorianas!

Numa das ilhas dos Açores, tenho uma Rosa. Todos os dias, espalha o seu perfume com notas e aromas de amizade, carinho, cumplicidade,...misturando-se com o perfume dulce do continente. (Qsdmst - Dorutu!)
É a "mana" por laços afectivos! =P

Com um oceano Atlântico pelo meio, estamos perto e não há dia que falte uma nova iguaria. Humor é um ingrediente que usamos e abusamos, com as "gaitadarias" de código em sotaque, entre mentes malvadas e maquiavélicas como as nossas.

Fui anotando no meu mini diário de bolso, alguns regionalismos típicos, alguns deles com influência americana.
Uns entendem-se bem, mas outros, eheheh, é de imaginar uma cena de rua com as personagens a falarem entre si em modo calão e com trejeitos genuínos dos habitantes de cada ilha, pois cada ilha, tem expressões criativas diferentes.

Eis algumas delas:  =)

. Está-se-me a dar uns nerves miúdes!
. Bota q'tem
. Gaitadaria!
. Assim cmá'sim
. Tás bem amanhado
. Vent' incanade
. Antes faça mal que se estrague
. Tás co olho?!
. Xoa q'sim
. Eh home! E q' tal?
. Antes fugi que ficá mal
. Gente tola e toiros, paredes bem altas
. Antes caias que te pises
. Eh rapazim! Não és bem descretim, ó quié?
. Qués inriça? Na tem paxorra pa te sofrê!
. Chora pra baixe, mê filhe
. Ê consola-me com candis d'américa
. Aquele tem dinheiro cma esterque.
. É povo cma biche!
. Trabalhá? tá mazé quiete!
. Mas tu és tolo , ó quié?
. Eles andem aí
. Vás levá um sêl no capô
. Tam requim ou tás-me cegando
. Vamos s'imbora pós toiros
. Ah rapaz! Dá sequé um beijim à vó
. Pandurades e enjoades
. É sempábri!
. ...
Photo by RB


 Happy day! Feliz quarta-feira!