26 de outubro de 2012

Desconfiança pela bondade!


Hoje, qualquer boa atitude por parte de alguém desconhecida, leva a perguntar o porquê, porque hoje, cada vez mais o individualismo impera.

Depois de sair do atelier, indo eu na minha, no passeio da rotina, chama-me uma senhora de idade:

-Ó menina, quer uns cachinhos de uva? São muito boas, acompanhadas com pão e manteiga. Eu não posso comer, porque são muito doces e o meu colestrol não perdoa!

Eu ainda agradeci recusando, mas depois, em jeito de flash, aceitei e pensei..."chego a casa e que Deus me perdoe, mas deitarei fora"

De imediato, recordei o filme de infância "Branca de Neve e os sete anões".

Só havia eu, a Branca, e a suposta senhora, a Bruxa! (coitada da senhora)
Já me imaginava com o bago de uva e a cair para o lado.

O que é certo, é que as uvas tinham um aspecto delicioso, casta D.Maria, douradinhas, rijinhas...

Uma pena não as degustar... mas nos dias de hoje, toda a bondade é estranha.
E contra vontade minha, não as comi!

Ficou a dúvida da boa intenção daquela senhora bondosa.

Trabalho e vivo num meio rural, na terra de uma bruxa helénica. A minha família é conhecida e por isso mesmo, alvo de atenções e "não há trigo sem joio", ou seja, pessoas que admiram e outras, querendo viver a vida de outrém. 

Não será uma boa desculpa é certo, mas "contra factos não há argumentos", "de boas intenções está o inferno cheio" e quando a esmola é grande o santo desconfia".


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