2 de julho de 2014

Histórias (i)reais... TIC TAC o relógio da vida


O maior inimigo entre pessoas que se gostam é o relógio, o tempo!
O tempo passa depressa, e nem dá-se conta dos dias, meses, anos...
Porém, quando o tempo amadurece, é bom recordar quando ainda o tempo era uma semente, e se se tem este sentimento, é porque o passar dos dias, semanas, meses, anos, valeram a pena.

Ao longo dos anos, mudam-se tempos, mudam-se vontades... porque é assim mesmo. 
Para saborear o tempo sem ter a sensação de que o tempo passa só por passar, é necessário procurar horas que sabem a pouco e que enchem-nos a alma.

O ideal de um tempo maravilhoso com história, é cozinhá-lo e temperá-lo com especiarias carregadinhas de cor e sabor, inventar ou reinventar uma receita com factos e, abolir o "se" do relógio da vida.

E também os ponteiros do relógio marcam o que é bom, e as badaladas que soaram boas, o tempo não leva nem apaga e engrandece uma amizade, uma relação... E assim, por cada rodada de minutos diários, o tempo conquista proximidade, lucidez, loucura boa, cumplicidade, tolerância, compreensão, carisma... 
É porque...
Numa amizade sem "se", os ponteiros do relógio andam cúmplices na sua rotação.
Numa relação sem "se", os ponteiros incendeiam a vontade louca de estar junto.
Num amor sem "se", os ponteiros marcam os anos da exclamação de um bom e inesperado - "Já!"

Anos, meses, semanas, horas, minutos, segundos...
O nosso Tic Tac é atómico. Nada o faz atrasar nem adiantar. Vibramos em uníssono, porque os nossos ajustes são precisos e os nossos átomos vibram biliões de vezes por segundo. E é por isso, que o nosso relógio, os nossos Tic's e Tac's não atrasam nem adiantam. Os nossos ponteiros são independentes, mas estão sempre lado a lado e, a nossa hora encontra-se ao mesmo tempo no tempo certo.

Ao longo de 21 anos em comum, as piores horas sem ti, foram as tuas ausências continentais. Aí o tempo não passava, massacrou como se um dos ponteiro estivesse quebrado!
No entanto, o relógio da vida mostrou-me que o nosso tempo vibra num ritmo intenso, ficou mais forte, mais desafiador, mais louco, com outro sabor e amar-te é estar contigo minuto a minuto, juntos na saúde e na doença, nos erros e nas alegrias, no trabalho e no prazer...
E tenho a certeza que somos mágicos do nosso tempo, pois todas as horas têm novidades dentro delas ou as inventamos de algum modo. 

A vida já nos deu tanto, já cobrou, já tirou, já ensinou e, por cada segundo, minuto, hora, semana, mês, ano, conseguimos usar um "relógio fotográfico" de album de vida, um "relógio livro" de histórias de vida,  um "relógio de oportunidades" para recordar, fazer e construir.
E por todas as horas que virão, o meu relógio marca o tempo a teu lado, desde o dia 3# para 4# de Julho, num ano de um calendário onde marcava a festa do "Colete Encarnado" e só podia ter sido neste" relógio Lezíriano", cheio de significado para mim, que começámos a escrever a nossa história.
Tic tac, tic tac, TiC TaC, tIc tAc, TIC TAC... És o relógio da minha caixa de pandora.


Dulce Madalena Guarda 


Sem comentários:

Enviar um comentário