9 de julho de 2013

A Alegria e a Ilusão



Alegria, andava alegre e sorridente com o mundo, de bem com a vida.
Certo dia, conhece a Ilusão, e cumprimenta-a:

- Olá Ilusão, muito gosto em conhecê-la!

A Ilusão esfrega as mãos com ironia pensando para si mesma:
- Mais uma que vou cortejar. Deve pensar que está imune ao meu encantamento...!

A Alegria nem se apercebeu que estava a ser cobiçada pela Ilusão, pois tinha a certeza que possuia os melhores pensamentos, as melhores marcas de vida, momentos maravilhosos e inesquecíveis de vida feliz, sentimentos sãos, interessantes e bonitos de espírito ao seu redor,...

O que a Alegria desconhecia, é que estava a autorizar que a podridão do vazio se hospedasse no seu regaço.
O que a Alegria não sabia, é que estava a consentir que a Ilusão se hospedasse na sua morada como se tivesse assinado um contrato de arrendamento de moléstia.

Então, a Ilusão lembra-se de ludibriar a Alegria e diz-lhe:

- Na décima noite mais escura do ano, numa garrafa transparente, vais colocar uma mensagem. A mais bela e iluminada mensagem de alegria. Depois fechas e lacras a rolha da garrafa. Ao final do vigésimo dia, irás vislumbrar a maior alegria que alguma vez tiveste.

E a Alegria assim fez! Alimentou a sua alma com a ilusão de que ainda ia ser mais feliz.
Os dias passavam e a expectativa aumentava e cada vez mais a Alegria alimentava o vazio da Ilusão, isolando-se, esquecendo de alimentar a sua irmã felicidade, mudando o foco dos seus pensamentos felizes, em ansiedade.

E eis que o dia da promessa chega. A Alegria com um sorriso confiante aguardava pela revelação. Esperou, esperou e nada.

A Ilusão toca-lhe no ombro e diz:

- Estás à minha espera? – Pergunta a Ilusão

- Sim estou! – Respondeu a Alegria

- Ainda falta muito para sentir e alimentar ainda mais a minha alma de alegria? – Pergunta a Alegria

- És tão ingénua! – Responde a Ilusão
- Como pudeste acreditar que ao fechares a garrafa, algo podia realizar-se? Fechaste-te em ti mesma, alimentaste-me, deixaste-te enganar sob as minhas ordens, afastaste-te de tudo, deixaste de esbanjar a tua boa energia à espera da ilusória alegria!

A Alegria sentiu a sua primeira desilusão. Percebeu o quanto de mau há no mundo, quanto engano, quanta obsessão, o quanto se idolatra para atingir fins, quantas mentes vazias, quantas oficinas que transformam o mundo da Alegria, num mundo de Ilusão!


As nossas atitudes são as responsáveis pelo mundo que criamos à nossa volta.
Por isso, há que alimentar o Céu da nossa alma, o Céu do nosso coração, da família, dos amigos e, correr atrás da real Alegria e virar costas à fantasia da Ilusão.


Boa Terça-feira e... BOCHECHAS alegres!

=)

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