Recuando
no tempo das suas origens, o Halloween remonta às tradições dos povos que povoaram
a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C.
E
não tinha qualquer semelhança como hoje se celebra a data, com abóboras
encantadas e que ganham vida, bruxas e fantasmas, ou “doce ou travessura”...É
que o açúcar nem tinha sido descoberto!
Os Estados
Unidos foram os que popularizaram esta comemoração fantasmagórica, com influências dos emigrantes irlandeses no séc. XIX, e a aculturação deu-se em
Portugal, porque o português tem o estigma de que o que é estrangeiro, é bom e merecido, esquecendo as suas crenças, suas tradições e de as valorizar.
O
halloween era um festival do calendário celta da Irlanda, denominado de Samhain,
celebrado entre 30 de outubro e 2 de Novembro, celebrando o fim do verão (samhain
- significa "fim do verão").
Ao
longo da História, o halloween ganhou duas origens, que acabaram por se misturar.
Origem
pagã
A
de origem pagã, com a celebração celta chamada Samhain, dando relevo ao culto
aos mortos. A invasão das Ilhas Britânicas pelos Romanos (46 A.C.) acabou por originar a
cultura latina com a celta, sendo que a celta perdeu importância com o tempo.
Nos
fins do século II, com a evangelização, a religião dos Celtas, chamada
druidismo, tinha perdido importância em grande parte das comunidades.
Há
poucos documentos sobre a religião dos druidas, pois tudo era transmitido
oralmente de geração para geração. Conhece-se que as festividades do Samhain
eram celebradas provavelmente entre os dias 5 e 7 de Novembro (entre o
equinócio de verão e o solstício de inverno). Haviam festejos que duravam 7
dias, celebrando o ano novo celta.
Uma
das datas mais importantes, era a “festa dos mortos”, porque para os celtas, a
morada dos mortos, era um lugar de pura perfeição e felicidade, onde inexistia
a dor e a fome e eram os druidas, os médiuns de então, intermediários das
pessoas com os seus antepassados e , acreditavam que os espíritos dos mortos, visitavam
a sua antiga casa e guiavam os familiares rumo ao seu mundo.
Origem
católica
Desde
o século IV a Igreja da Síria consagrava um dia para festejar "Todos os
Mártires". Mais tarde, três séculos depois, o Papa Bonifácio IV (†
615) transformou um templo romano dedicado a todos os deuses (Panteão) num
templo cristão e o dedicou a "Todos os Santos", a todos os que
nos precederam na fé.
Inicialmente,
esta festa era celebrada no dia 13 de maio, mas o Papa Gregório III († 741) alterou
a data para 1º de novembro, que era o dia da dedicação da capela de Todos os
Santos na Basílica de São Pedro, em Roma. Mais tarde, no ano de 840, o Papa Gregório
IV ordenou que a festa de Todos os Santos fosse celebrada universalmente.
Como festa grande, esta também ganhou a sua
celebração vespertina ou vigília, que prepara a festa no dia anterior (31 de
outubro).
Na
tradução para o inglês, essa vigília era chamada All Hallow’s Eve
(Vigília de Todos os Santos), passando depois pelas formas All Hallowed Eve
e "All Hallow Een" até chegar à palavra atual "Halloween".
Em jeito de conclusão, e não sou antiquada e gosto de festas, mas
celebrar a data com bruxas de verrugas ou eróticas, montadas nas vassouras, ou boazinhas, com
chapelinhos em bico e pestanudas, frankensteins fumegantes, lobisomens sem a vacina da raiva, vampiros com caninos sanguinários, monstros sem cabeça com as artérias degoladas, nãaaaaaa!
Um filmezito da Disney ou um Hollywoodesco brando e explicar aos nossos filhos as origens da comemoração, esculpir uma abóbora da quinta com o filhote, até aceito, agora viver a data desta forma!?!?!? Concerteza haverá muita gente que se aproveita deste carnaval antecipado, "horror party" para actos obscuros, como droga, alcool, e clubes de, "eu, tu, ele, tudo ao molho e fé..." no diabo!
Fica o desejo... o que não conseguimos por nós próprios, seja a intercessão dos Nossos e de todos os Santos.
Nota: textos elaborados, mediante pesquisa histórica